domingo, 15 de maio de 2022

Ética em Aristóteles, Maquiavel e Kant

 Ética aristotélica



Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) foi o primeiro filósofo a tratar da ética como uma área própria do conhecimento, sendo considerado o fundador da ética como uma disciplina da filosofia.

A ética (do grego ethos, "costume", "hábito" ou "caráter") para Aristóteles está diretamente relacionada com a ideia de virtude (areté) e da felicidade (eudaimonia).

Para o filósofo, tudo tende para o bem e a felicidade é a finalidade da vida humana. Entretanto, a felicidade não deve ser compreendida como prazer, posse de bens ou reconhecimento. A felicidade é a prática de uma vida virtuosa.



O ser humano, dotado de razão e capacidade de realizar escolhas, é capaz de perceber a relação de causa e efeito de suas ações e orientá-las para o bem.

A virtude na ética de Aristóteles

Aristóteles faz uma distinção importante entre as determinações da natureza, sobre as quais os seres humanos não podem deliberar e as ações frutos da vontade e de suas escolhas.

Para ele, os seres humanos não podem deliberar sobre as leis da natureza, sobre as estações do ano, sobre a duração do dia e da noite. Tudo isso são condições necessárias (não há possibilidade de escolha).

Já a ética opera no campo do possível, tudo aquilo que não é uma determinação da natureza, mas depende das deliberações, escolhas e da ação humana.

Ele propõe a ideia da ação guiada pela razão como um princípio fundamental da existência ética. Desse modo, a virtude é o "bem agir" baseado na capacidade humana de deliberar, escolher e agir.

A prudência como condição de todas as virtudes

Aristóteles afirma que entre todas as virtudes, a prudência é uma delas e a base de todas as outras. A prudência encontra-se na capacidade humana de deliberar sobre as ações e escolher, baseado na razão, a prática mais adequada à finalidade ética, ao que é bom para si e para os outros.

Só a ação prudente está de acordo com bem comum e pode conduzir o ser humano a seu objetivo final e essência, a felicidade.

A prudência como o justo meio

A sabedoria prática baseada na razão é o que torna possível o controle dos impulsos pelos seres humanos.

No livro Ética a Nicômaco, Aristóteles mostra que a virtude está relacionada com o "justo meio", a mediana entre os vícios por falta e por excesso.

Por exemplo, a virtude da coragem é a mediana entre a covardia, vício pela falta e a temeridade, vício por excesso. Assim como o orgulho (relativo à honra) é o junto meio entre a humildade (falta) e a vaidade (excesso).

Desse modo, o filósofo compreende que a virtude pode ser treinada e exercitada, conduzindo o indivíduo mais efetivamente para o bem comum e a felicidade.

Os fins justificam os meios

Também é uma referência comum a obra O Príncipe a frase “os fins justificam os meios”. Segundo a interpretação do senso comum, a frase significa que, para Maquiavel, o objetivo deveria ser alcançado de qualquer forma, sem se importar com os outros e os efeitos das decisões.

Apesar de a frase não estar na obra, ela tem origem na forma como Maquiavel separa a moral privada do cidadão comum do modo como o governante deve atuar.

Por outro lado, O Príncipe assume uma grande relevância também por mostra que os governos são suscetíveis à participação cívica dos indivíduos. Essa perspectiva elevou o cidadão a um novo patamar no pensamento político da época.



O Imperativo Categórico de Kant

O filósofo buscou estabelecer uma fórmula moral para a resolução das questões relativas à ação. O Imperativo Categórico, ao longo das obras de Kant, aparece formulado de três maneiras diferentes.

Cada uma das três formulações se complementam e formam o eixo central da moral kantiana. Nela, as ações devem ser orientadas pela razão, sempre saindo do particular, da ação individual, para o universal, da lei moral:

1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza.

Na primeira formulação, a ação individual deve ter como princípio a ideia de poder se tornar uma lei da Natureza

As leis da Natureza são universais e necessárias, todos os seres a cumprem, não há alternativa. Como a lei da gravidade, os ciclos de vida e outras leis que submetem todos os seres e é inquestionável.

A razão humana é capaz de julgar, independentemente de determinações externas (religião ou leis civis), se uma ação é correta para todos.



Caráter, ética, moral, lei, política

 


Filosofia política é uma vertente da filosofia cujo objetivo é estudar as questões a respeito da convivência entre o ser humano e as relações de poder.

Também analisa temas a respeito da natureza do Estado, do governo, da justiça, da liberdade e do pluralismo.

A política, na filosofia, deve ser entendida num sentido amplo, que envolve as relações entre os habitantes de uma comunidade e seus governantes e não apenas como sinônimo de partidos políticos.

Definição de Filosofia Política

A filosofia política ocidental surgiu na Grécia antiga e dizia a respeito sobre a convivência dos habitantes dentro das cidades-estado gregas. Estas eram independentes e muitas vezes rivais entre si.

Tais cidades contemplavam as mais variadas formas de organização política como a aristocracia, democracia, monarquia, oligarquia e, até, a tirania.

À medida que as cidades foram crescendo, o termo política passou a ser aplicado a todas as esferas onde o poder estava envolvido.

Assim, num sentido amplo, existe política desde aqueles que habitam aldeias, como aqueles que moram em estados-nacionais.

Curiosidade

A palavra política é de origem grega (pólis) e significa cidade.

Principais Filósofos Políticos

Inúmeros autores se dedicaram à filosofia política, porém destacaremos os mais importantes como Aristóteles, Nicolau Maquiavel e Jean-Jacques Rousseau.

segunda-feira, 9 de maio de 2022

Ética e Moral

 

Ética e moral

Pedro Menezes Pedro Menezes  Professor de Filosofia, Mestre em Ciências da Educação 

De modo geral, a ética é uma área da filosofia, também chamada de Filosofia Moral. Nela, são estudados os princípios fundamentais das ações e do comportamento humano.



Já a moral é uma construção social formada pelo conjunto dessas ações e comportamentos através do entendimento sobre quais são bons e quais são maus, visando criar normas que orientem as ações dos indivíduos pertencentes a um mesmo grupo.

Entretanto, como todos os temas filosóficos, não há um consenso relativo a essa diferença. Alguns autores tratam ética e moral como sinônimos. Isso se dá porque as raízes etimológicas das palavras são semelhantes.

Etimologicamente, os termos derivam da mesma ideia:

Ética vem do grego ethos, que significa “costumes”, “hábitos” e, em última instância, “o lugar em que se habita”.

Moral tem origem no latim mores, que significa “costumes”, “hábitos” e é raiz também de nossa palavra “morada”, o lugar em que se mora (do verbo morar).



Pensamento Filosófico - o que estuda a filosofia

 

Pensamento Filosófico - o que estuda a filosofia

 Pensamento Filosófico - o que estuda a filosofia

Filosofia é um campo do conhecimento que estuda a existência humana e o saber por meio da análise racional. Do grego, o termo filosofia significa “amor ao conhecimento”.



É possível definir um conceito de filosofia?

Diferentes autores tentam definir o conceito de filosofia, mas não há um consenso ou uma definição exata do que é, essencialmente, a Filosofia.


Algumas tentativas de definir o conceito:


"A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo." (Maurice Merleau-Ponty)

"A filosofia busca tornar a existência transparente a ela mesma." (Karl Jaspers)

"Ó filosofia, guia da vida!" (Cícero)

"A filosofia ensina a agir, não a falar." (Sêneca)

"Ciência é o que você sabe. Filosofia é o que você não sabe." (Bertrand Russell)

"A filosofia é um caminho árduo e difícil, mas pode ser percorrido por todos, se desejarem a liberdade e a felicidade." (Baruch de Spinoza)

"Se queres a verdadeira liberdade, deves fazer-te servo da filosofia." (Epicuro)

"Filosofia é a batalha entre o encanto de nossa inteligência mediante a linguagem."( Ludwig Wittgenstein)



O pensamento é a atividade da mente!

FILOSOFIA DA MENTE






Todos os nossos pensamentos são reais, inclusive os sonhos. São atividades da nossa mente, fazem parte da nossa fisiologia. Inclusive podem ser detectados por equipamentos de Ressonância Magnética.





Nossos pensamentos são verdadeiros, 

existem e podem  ser detectados em nossa mente... 

pensamento são emoçoes e sentimentos, 

que por sua vez, mudam nosso corpo...


Nossa mente tem várias funções, resultado de pensamentos, emoçoes e sentimentos...


O que está na nossa mente torna-se, normalmente realidade concreta em nossa vida...


Nossos estados emocionais e sentimentos mudam o funcionamento de nossa mente... devemos cuidar das nossas emoções e sentimentos...





Os estados emocionais e sentimentos fazem nosso cérebro liberar elementos químicos = Neurotransmissores - produzidos pelas glandulas do nosso corpo. Cada uma tem uma função e nos faz reagir aos estímulos externos e internos...


Conforme Buda, na filosofia Oriental, esta dinâmica do nosso pensamento tem o poder de modificar a nós mesmos, nosso ambiente, as outras pessoas e o nosso próprio destino;

... a "lei da mente é implacável..." 



AVALIAÇÃO FILOSOFIA 2º ano

 Avaliação Filosofia 2º ano EM

Colégio estadual Francisco Zardo
ProfA Carol - prof. Alfredo
Trimestre I

Ava1 - 3 pontos Atividade com profa. Carol

Ava2 anotações caderno 2 carimbos 2 pontos 16 maio

Ava3 prova escrita 19 maio 4 pontos

Ava4 prova Paraná 4 maio 1 ponto

Recuperação dia 20 maio... orientações veja aqui ou em sala de aula

Recuperando 20 maio
Caderno+BLOGSPOT+prova ava3




II Triemstre ... bem vindos!!! O QUE VAMOS ESTUDAR...

  II Triemstre ... bem vindos!!! agora com conteúdos pelo Classroom https://classroom.google.com/c/NDU3OTYxNzMxMDA4?cjc=wyldeps TEMAS RCO: N...